quinta-feira, 12 de abril de 2012

O Precário Atendimento Policial Em Sirinhaém


O município de Sirinhaém, não só na cidade, mas também os distritos de Ibiratinga, Barra de Sirinhaém e Santo Amaro, tem apresentado nos últimos tempos, um aumento nos índices de criminalidade, notadamente, nos delitos de roubo, homicídio e agressão, o que tem deixado os comerciantes e a população apreensiva e preocupada. À cerca de um mês atrás vários estabelecimentos comerciais e residências foram alvos dos marginais.
A população intranqüila e sempre na expectativa da ocorrência de novos delitos espera providências das autoridades competentes, que infelizmente não são adotadas. O que se vê é uma mobilização intempestiva logo após o surgimento de um delito para em seguida tudo voltar ao normal.
Enquanto as autoridades responsáveis pela segurança do nosso município permanecem indiferentes, membros do poder legislativo tem exposto o problema no plenário da Câmara e solicitado providências que visem frear a escalada da violência contra a vida e o patrimônio da nossa população.
O vereador Eronildo Ramos usou da tribuna para denunciar a faltas de policiamento no Distrito de Ibiratinga e o descaso com a segurança daquele distrito. O vereador Silvinha, tornou público em plenário a omissão da polícia civil no atendimento a população, tendo o próprio parlamentar tentado buscar atendimento da Delegacia de Polícia local, em vão.
O vereador Paulo Ferraz, desde o fim do ano passado vem denunciando o problema da falta de segurança no município, tendo solicitado através de requerimento ao presidente da Câmara, a reativação do Conselho de Segurança Municipal, outrora existente em nosso município e que teve uma participação ativa e decisiva na tomada de decisões que trouxeram melhorias na segurança de Sirinhaém, na época. Hoje inativo esse conselho, e com uma segurança deficiente, aliada a impunidade do delinqüente, está o nosso município a mercê dos bandidos. Na sessão do dia 29 de março passado, o vereador Paulo Ferraz ratificou em plenário a necessidade de providências urgentes e instauração de Audiência Pública, que possibilitem o surgimento de ações saneadoras voltadas a segurança da população de Sirinhaém.
O aparelho policial do nosso município não dispõe de um efetivo suficiente para atender as necessidades primordiais de segurança. A própria autoridade policial quase sempre ausente, contribui para inexecução imediata de atividades policiais judiciárias. No pátio externo da Delegacia de Polícia de Sirinhaém, pode-se observar, mesmo que esporadicamente, várias viaturas, no entanto, incontáveis são às vezes que a população dirige-se a Delegacia de Polícia e encontra a mesma com as portas fechadas sem que seja possível qualquer atendimento. A própria Polícia Militar, em muitas oportunidades esteve presente a Delegacia para entrega de detidos a autoridade policial, debalde. O vereador Silvinha, dias atrás, necessitou de atendimento policial urgente e dirigiu-se a Delegacia de Policía, mas não foi atendido pela ausência de qualquer policial. Muitas vezes os agentes procuram justificar a ausência, sob alegativa de que achavam-se em ocorrência ou fazendo refeições. Pura balela. No domingo próximo passado, por volta das 10:30 horas, enquanto as portas da Delegacia de Polícia encontrava-se fechada, a sua viatura KGY 8707 e seu responsável encontrava-se na Usina Trapiche participando de almoço político, de determinado candidato a prefeito, regado a muita bebida e “boas conversas”.
A segurança, assim como a saúde, a educação, o social, são deveres do Estado, que não vem desempenhado bem o seu papel, pelo menos aqui em Sirinhaém. A população paga seus impostos mas não tem a segurança necessária a que deveria estar constitucionalmente submetida. A sociedade de Sirinhaém não tem culpa da falta de recursos aplicados à segurança do nosso município.
Sirinhaém tem o seu desenvolvimento natural e o crescimento industrial e comercial que vem ocorrendo não só no nosso município, mas também no seu entorno, tem ocasionado uma elevação populacional, incluindo-se aí mais delinqüência e um aumento de malfeitores o que, em decorrência, propicia mais práticas delituosas.
É preciso que haja uma mobilização das autoridades constituída e da sociedade civil em torno dos assuntos de segurança, para que não venhamos a padecer diante da violência e da intolerância. Nisso, nós da Câmara de Vereadores estamos atento.

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